quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Memorial

Eu me chamo Flávia
Ou, chamam-me assim
E a partir de agora
Vou falar um pouco de mim
Sou casada, tenho uma filha, estudo , trabalho,
Luto por dias melhores, enfim

Aprendi com o professor Márcio
A linguagem e sua utilização
Servindo enquanto prática social
Comunicação e representação
Dela contarei experiências
Vividas nos espaços formais não-formais da educação

Quando criança
Vivia a representar
Nas atividades da igreja
Sempre gostei de participar
Peças e mais peças
Vivia a encenar

Na adolescência
Da escola não dá pra não lembrar
A professora usava a fala
Para nos intimidar
Era o contexto social e político
Professor tinha que mandar

Eram tempos difíceis
O aluno produzir era um grande desafio
O professor detentor do saber
Nos fazia cada vez mais arredios
Não havia laços afetivos
E os sermões eram horas a fio

Na fase adulta
Minha vida tomou outra direção
Meus olhos foram desvelados
Para uma nova forma de linguagem e expressão
Hoje a música para mim
É a mais profunda forma de adoração

E a minha adoração
Traz a mensagem
Da infinita gratidão
Que tenho pelo Deus soberano
Autor e consumador Da minha salvação.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Brancos e Negros


Os Brancos são muito diferentes dos negros.
Mas depende do branco e depende do negro.
Na minha caixa de lápis de cor
o branco não serve pra nada.
Só o preto é que serve para desenhar.
Por isso, os dois são muito diferentes.
Tem o giz e tem o carvão.
Eles são iguais.
Os dois servem pra desenhar.
Com o giz, a gente desenha na lousa.
Com o carvão, a gente desenha um bigode
na cara do irmão,
para a festa de São João.
Nesse negócio de música,
não tem branco.
Só tem preto,
porque música mora em disco
e todos os discos que eu conheço
são pretos .
Nunca ví um disco branco.
O papel é branco.
Papel preto é chamado carbono
e copia por baixo
tudo o que a gente escreve por cima.
A noite é preta,
mas o dia não é branco.
O dia é azul.
Então o preto da noite é só da noite
Não é igual nem diferente de nada.
O leite é branco e o café é preto.
De café eu não gosto,
Também não gosto de leite,
quando ele está branco.
Prefiro misturar com chocolate.
Aí o leite fica marrom.
Marrom como minha amiga.
Outro dia me disseram que ela é negra,
mas ela é marrom.
Eu estou com raiva dela,
porque ela tirou
uma nota melhor que a minha
na prova do mês.
Mas eu não quero ser diferente dela.
Vou estudar bastante.
Na próxima prova,
eu e ela vamos ficar iguais.
(Pedro Bandeira)


Gosto dessa poesia de Pedro Bandeira porque fala das diferenças de uma forma leve, bonita, poética. Que bom seria se os homens olhassem para o outro com a pureza dessa criança.Se as diferenças representassem apenas DIFERENÇAS e não sinal de inferioridade ou superioridade.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Aula do dia 24/11

Exibição do filme Divã

O filme Divã assistido na aula dia 24 de novembro foi muito divertido, sorri como há muito tempo não fazia. Os momentos hilários do filme acredito terem sido colocados nas cenas para aliviar um pouco daquilo que é o retrato dos tempos modernos ou pós-modernos como queiram.

As mulheres alcançaram a independência e junto a isso a insatisfação, não só com o casamento, mas com tudo, tudo é pouco, nada satisfaz e ela mergulha junto com o homem nessa busca desenfreada pela satisfação, nem que para isso seja preciso sacrificar a educação dos filhos, a família bem como os princípios e valores morais.

Não sou contra a mulher participar dos processos sociais, trabalho, política e demais atividades, mas é preciso moderação, digo isso, porque a mulher saiu radicalmente de casa e em conseqüência disso e de mais algumas coisas temos visto tanta patologia social.

Veja o poder da linguagem cinematográfica de transformar coisas reais, sérias, em situações que se percebe a realidade sem a sofrer.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Primeiro dia de aula - 23/09

No primeiro dia de aula não pude está, pois como é sabido de muitos moro a 100km de Irecê e tenho sérios problemas com transporte. Um porque tenho que pegar um carro para gameleira de Barro Alto e de lá pegar outro para chegar até a faculdade. A dificuldade na verdade não é pegar dois carros e sim o fato de que no início do semestre eu não tinha carro para chegar até Gameleira. Trabalho 40h, sou casada e tenho uma filha de dois anos essas são outras questões que devem ser levados em conta, às vezes minha filha adoece como foi o caso do dia 11/11. Enfim, todas as minhas faltas são justificadas. Como eu dizia a um professor da UNEB, tenho que matar um leão por dia para chegar à sala da universidade, mas não tenho medo, Deus tem me sustentado na realização do sonho da graduação que Ele mesmo me deu.

E estamos aí!

Semiótica - aula do dia 21/10

Na aula do dia 21/10 o professor Márcio discorreu sobre a origem da semiótica que já era utilizada por Platão, mas que veio ser postulada por John Loocke e tratada como doutrina do semiotik por Johann H. Lambert. E para entendermos melhor o professor apresentou alguns slides abordando o tema. Esses slides traziam informações como: a semiótica abrange todas as áreas do conhecimento envolvidas com as linguagens e os sistemas de significação. Traz Charles Sanders Peirce como principal nome da corrente semiótica, mas reconhece mais dois nomes o de Humberto Eco E Thomas Sebeok. O professor seguiu explicando o que é a semiótica segundo as correntes do século XX.


O assunto apresentado na disciplina Linguagem e Educação é bem complexo, mas entendo que se faz necessário que nós educadores compreendamos a estrutura e demais informações sobre a linguagem, pois este é o principal instrumento que temos para educar.

Linguagem Cinematográfica - aula do dia 04/11

Na aula do dia 04/11 o professor falou da linguagem cinematográfica que devora outras linguagens uma vez que essa linguagem possui linguagens como: música, teatro, fotografias, propagandas, poesias, artes, gestos, linguagem escrita entre outras.

Em seguida o professor falou sobre o filme “Espelho D’água – Uma viagem no Rio São Francisco e sobre as linguagens que estavam imbutidas nele.

O filme mostra o diálogo e às vezes o monólogo de uma canoa antiga com seu dono, e com outras pessoas que compõem o enrredo. No filme aparece várias linguagens que comunicam a religiosidade, as crenças do povo ribeirinho. As fotografias que são ícones e ainda o teatro de bonecos. O ribeirinho que não se aceita como tal e se veste e usa bens que negam verdadeira identidade de morador da beira do rio São Francisco trazendo informações com sua forma de vestir e viver.

São várias as linguagens dessa metalinguagem que é o cinema, é com certeza uma das mais completas formas de comunicação e representação.

Ufa! quantas linguagens cabe dentro do cinema.